quarta-feira, 29 de junho de 2011

As entranhas do governo Cabral: o mais corrupto da história do Rio de Janeiro

DANIEL CHUTORIANSCY

Vamos começar pelos personagens que cercam Sérgio Cabral, os “generais” que comandam a pilhagem dos recursos públicos, que estão saqueando a população do Rio de Janeiro, através de farsas, negociatas, maracutaias e tramas nos bastidores. É a turma dos negócios promíscuos de Cabral. Vocês vão ver que por muito menos Collor e José Roberto Arruda (Distrito Federal) sofreram o impeachment. Preparem-se!

Os negócios em família
Adriana Ancelmo Cabral – a esposa de Cabral
O escritório de advogacia, do qual é sócia majoritária, tem como clientes, empresas concessionárias de serviços públicos estaduais e outras que têm contratos de prestação de serviços com o Estado. O Metrô e a Supervia, apesar dos caóticos serviços prestados, conseguiram por intermédio de Adriana, que o marido, Cabral, renovasse por mais 30 anos os contratos de concessão. A esposa de Cabral também advoga para o Grupo Facility, do “Rei Arthur”, que tem contratos de mais de R$ 1,5 bilhão com o governo Cabral. A mulher de Cabral representa os interesses jurídicos de várias empresas que têm contratos milionários com o Estado e dependem de decisões do governador.

Mauricinho Cabral, o irmão de Cabral que se move nas sombras
Mauricinho Cabral, o irmão de Cabral que se move nas sombras

Mauricinho Cabral – o irmão de Cabral
Esse é um personagem que se move nas sombras, mas toda a mídia conhece muito bem, e protege por interesse próprio. É publicitário e não tem nenhum cargo no governo. Mas é ele que controla a milionária verba de publicidade e se reúne com o pessoal dos grandes veículos de comunicação. Usa a agência FSB para distribuir as verbas e comprar a blindagem do irmão Cabral.
O vice que virou alma gêmea nos negócios

O vice-governador e secretário de Obras, Pezão, hoje chamado de Mão Grande
O vice-governador e secretário de Obras, Pezão, hoje chamado de Mão Grande

Luiz Fernando Pezão – o vice-governador
É o homem que cuida das Obras do Estado e negocia os contratos milionários e está sujo dos pés grandes até a cabeça, passando pelas mãos ainda maiores, que lhe rendem o apelido de “Mão Grande”. Usa seu subsecretário, Hudson Braga para fazer a ponte com as empreiteiras, menos a Delta, que é linha direta Cabral – Fernando Cavendish. Está enrolado no TCU por conta do contrato da DELTA, das obras do Arco Rodoviário. Um escândalo de superfaturamento. É o responsável pela reforma do Maracanã e vai ter que responder por que mandou pagar R$ 8 milhões à DELTA antecipadamente, antes mesmo de realizar algumas intervenções previstas no contrato. Está metido numa negociata da desapropriação de um imóvel em Barra do Piraí, que pertencia à família de sua mulher, foi super avaliado e em seguida desapropriado por um valor muito acima do mercado.
Os amigos e braços-direitos nos negócios

Com Cabral desde a ALERJ, Régis Fichtner é quem faz a ponte com a Justiça e o MP, além de muitos negócios
Com Cabral desde a ALERJ, Régis Fichtner é quem faz a ponte com a Justiça e o MP, além de muitos negócios

Régis Fichtner – o secretário da Casa Civil
É um dos braços-direitos de Cabral desde que ele era deputado na ALERJ. Responsável pelas negociatas de imóveis desapropriados do banqueiro Daniel Dantas, denunciadas pela revista Carta Capital. O banqueiro ganhou milhões graças à generosidade da caneta de Cabral negociada com Régis Fichtner. Acertou e foi o autor da chamada Lei Luciano Huck, que legalizou centenas de imóveis de luxo construídos em área de preservação de Angra dos Reis, beneficiando o apresentador e muita gente graúda. É o interlocutor com a Justiça e o Ministério Público.

Wilson Carlos com dinheiro escondido em paraíso fiscal na China
Wilson Carlos com dinheiro escondido em paraíso fiscal na China

Wilson Carlos – o secretário de Governo
Amigo de Cabral desde os tempos de estudante é o homem que cuida dos negócios com os políticos. É o outro braço-direito. Cuida do toma lá dá cá de Cabral. Foi flagrado em uma investigação da Polícia Federal como possuidor de contas em paraísos fiscais na China, não declaradas. Segundo investigação do MPF teria recebido R$ 834 mil de uma empreiteira que fez obras do Metrô.
Os secretários bons de negócios

O milionário Sérgio Côrtes e a mulher Verônica, no nome de quem colocou sua mansão
O milionário Sérgio Côrtes e a mulher Verônica, no nome de quem colocou sua mansão

Sérgio Côrtes – o secretário de Saúde
Esse é o campeão de negócios sujos. Grupo Facility, TOESA e as ambulâncias, TCI, Barrier e os remédios. Mansão, cobertura, joalheria. Luxos milionários que não têm como ser explicados.

Beltrame, escutas clandestinas fazem com que tenha muita gente graúda na mão
Beltrame, escutas clandestinas fazem com que tenha muita gente graúda na mão

José Mariano Beltrame – o secretário de Segurança
Responsável pelo contrato de aluguel dos carros da PM, a negociata com a Julio Simões cujo valor pago por viatura dá para comprar duas novas por ano. Acusado por seu ex-subsecretário de fazer escutas ilegais. Numa afronta à Constituição ganha mais que ministro do STF acumulando indevidamente salário da Polícia Federal. É o responsável pela política de acordos com as milícias. Tinha como assessores de confiança um falso tenente-coronel do Exército e o miliciano Chico Bala. Abafou as investigações da corrupção na Polícia Civil descobertas pela Operação Guilhotina e com medo da ameaça de revelações do delegado Allan Turnowski, de acusador virou sua testemunha de defesa. Turnowski sabe as relações de Beltrame com as milícias, que estão por trás da farsa das UPPs.

Wilson Risolia, o homem que está à frente dos negócios que vão destruindo a educação no Estado do Rio de Janeiro
Wilson Risolia, o homem que está à frente dos negócios que vão destruindo a educação no Estado do Rio de Janeiro

Wilson Risolia – o secretário de Educação
O economista do mercado imobiliário que desde o início do ano toca os negócios milionários de aluguel de aparelhos de ar condicionado e outros equipamentos; além das compras superfaturadas de computadores e outros.

Julio Lopes com Cabral numa viagem à Europa
Julio Lopes com Cabral numa viagem à Europa

Julio Lopes – o secretário de Transportes
O homem que negocia com as empresas de ônibus, além do Metrô, das Barcas e da Supervia. Está por trás de toda a proteção às empresas e manda os passageiros terem paciência.
Os empresários parceiros de negócios

O "Rei Arthur", o empresário Arthur Cesar é um homem discreto que foge dos holofotes, reside em Miami e não tira fotos
O "Rei Arthur", o empresário Arthur Cesar é um homem discreto que foge dos holofotes, reside em Miami e não tira fotos

Arthur Cezar de Menezes Soares Filho, o “Rei Arthur” – Grupo Facility
O poderoso “Rei Arthur” vive escondido em Miami, numa mansão milionária – dizem que tem medo de ser preso no Brasil - e chegou a abrir uma filial do Porcão na cidade americana, para satisfazer seu gosto por churrasco. Tem no governo Cabral contratos de prestação de serviços que ultrapassam R$ 1,5 bilhão, muitos sem licitação. Tem funcionários terceirizados em praticamente todas as áreas do governo Cabral, além do Ministério Público e da Polícia Federal. Cabral viaja no seu jatinho e já se hospedou mais de uma vez na sua mansão de Miami.

O amigo dono da Delta: R$ 1 bilhão em contratos com Cabral, mais quase R$ 400 milhões com Eduardo Paes
O amigo dono da Delta: R$ 1 bilhão em contratos com Cabral, mais quase R$ 400 milhões com Eduardo Paes

Fernando Cavendish – Empreiteira Delta
Esse é o segundo mais poderoso empresário do grupo de Cabral pelo valor dos contratos, R$ 1 bilhão, grande parte sem licitação. Mas é o primeiro no coração de Cabral que intermediou a entrada da Delta em mais contratos milionários da prefeitura do Rio, além de outras. Está em maus lençóis depois de tudo o que está vindo à tona, por conta do acidente de helicóptero da Bahia. Segundo a revista Veja, bate no peito pra dizer que pode comprar políticos. De pequeno empreiteiro virou o campeão de obras no Rio, sob a benção do amigo Cabral, também seu vizinho do condomínio PortoBello, como o secretário de Sérgio Côrtes.
Os aliados políticos e sócios nos negócios

Cabral confraterniza com os irmãos Natalino e Jerominho, em festa da milícia Liga da Justiça, que eles comandam na Zona Oeste
Cabral confraterniza com os irmãos Natalino e Jerominho, em festa da milícia Liga da Justiça, que eles comandam na Zona Oeste

Natalino e Jerominho – Os irmãos milicianos ex-políticos cassados
Um ex-deputado, o outro ex-vereador. Chefes da milícia Liga da Justiça fizeram acordo político com Cabral, que andava com eles pra cima e pra baixo e até cantou com eles num palanque na Zona Oeste. Depois foram traídos por Cabral que não confiava neles, e que usou a milícia rival de Chico Bala, por sugestão de Beltrame para destroná-los

Cabral e Paes unidos em tudo, até nos negócios com o Grupo Facility e a empreiteira Delta
Cabral e Paes unidos em tudo, até nos negócios com o Grupo Facility e a empreiteira Delta

Eduardo Paes – O prefeito do Rio
Afilhado político de Sérgio Cabral. Retribuiu o apoio do padrinho fraqueando os contratos da prefeitura aos amigos de Cabral, “Rei Arthur” (Facility) e Fernando Cavendish (Delta). Os dois multiplicaram por muitas vezes seus negócios com a prefeitura de Paes.

Jorge Picciani, o fiel defensor de Cabral na ALERJ e parceiro de muitos negócios
Jorge Picciani, o fiel defensor de Cabral na ALERJ e parceiro de muitos negócios

Jorge Picciani – O presidente do PMDB e ex-presidente da ALERJ
O homem que deu sustentação política a Cabral na ALERJ, durante os quatro anos que a presidiu. Barrou qualquer tentativa de investigação. Nos bastidores tentou de todas as formas, destruir adversários de Cabral, que podiam atrapalhar os negócios. Participa ativamente do governo Cabral. A secretaria de Educação é dele, e está por trás dos contratos da compra de computadores superfaturados e de aluguel de ar de condicionado. A empresa INVESTIPLAN, que pertence a Paulo Trindade, sócio de Picciani em negócios de gado, detém mais de 90% dos contratos de informática do governo Cabral. A INVESTIPLAN também está envolvida no Mensalão do Arruda, no Distrito Federal

Paulo Melo, recordista de aumento de patrimônio e milionário da Região dos Lagos
Paulo Melo, recordista de aumento de patrimônio e milionário da Região dos Lagos

Paulo Melo – O presidente da ALERJ
O presidente da ALERJ era até o ano passado o Líder de Cabral e quem comandava a tropa de choque que protegia o governador. De vendedor de cocadas virou um dos maiores milionários da Região dos Lagos, onde os contratos do governo Cabral passam pela sua negociação. É o campeão da multiplicação do patrimônio pessoal entre os presidentes de assembléias legislativas do país, segundo revelou recente reportagem. Dono de inúmeros imóveis adquiriu recentemente uma fazenda milionária em Rio Bonito e é dono de hotel, em Araruama. Segundo ele ficou rico ganhando comissões como corretor de imóveis na Região dos Lagos.
Olha, e isso é apenas um breve resumo das participações de cada personagem. Esse é o time de Cabral que comanda o mar de lama no nosso Estado. Convenhamos que só pelo que mostrei aqui, e pelas pessoas envolvidas, da família e os principais cargos-chave do governo, o escândalo do impeachment de Collor e do Mensalão do Arruda, no Distrito Federal não chegam nem perto. Ou como definiu há algum tempo o jornalista Cláudio Humberto, os dois primeiros casos parecem “Sessão da Tarde” perto do que acontece nas entranhas do governo Cabral.
Com toda a sinceridade, depois de tudo o que mostrei, e após tudo o que já veio à tona desde o acidente de helicóptero da Bahia, quem não se indignar, não se levantar contra o governo mais corrupto da história do Rio de Janeiro e o governador que está assaltando os cofres públicos, ou está levando alguma vantagem ou é completamente alienado.

Em tempo: Depois mostrarei o segundo capítulo, detalhando os escândalos citados aqui e os valores envolvidos.
Em tempo 2: Pedimos desculpas pela demora na postagem, mas deu muito trabalho para resumir e montar. São incontáveis casos de corrupção e negociatas.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Além da tragédia humana

De forma trágica a população do Rio de Janeiro ficou mais informada ainda sobre o jeito Sérgio Cabral de governar. O acidente com o helicóptero, no litoral de Porto Seguro, que resultou na morte de pessoas ligadas ao governador do estado, revela-nos como a classe dominante brasileira encaminha seus negócios, ou melhor, suas negociatas. O estado do Rio de Janeiro é governado por tenebrosas transações.



Rio de Janeiro

O trágico acidente que vitimou a noiva do filho de Sérgio Cabral não pode impedir que seja noticiado que o governador estava na Bahia, em íntimo convívio, com a direção da construtora que mais fatura no governo federal, estadual e municipal, a Delta Construções. Em 2010, a Delta faturou mais de R$ 750 milhões junto ao governo federal. Clique aqui e conheça a extensa lista de obras públicas da empresa no Rio de Janeiro, onde tem a sua sede.
Trecho de matéria publicada em maio passado pela Veja. Íntegra aqui.

Em reunião com os sócios, no fim de 2009, quando discutia exatamente as razões do litígio, o empresário Fernando Cavendish revelou o que pensa da política e dos políticos brasileiros de maneira geral: “Se eu botar 30 milhões de reais na mão de políticos, sou convidado para coisas para ‘c...’. Pode ter certeza disso!”. E disse mais. Com alguns milhões, seria possível até comprar um senador para conseguir um bom contrato com o governo: “Estou sendo muito sincero com vocês: 6 milhões aqui, eu ia ser convidado (para fazer obras). Senador fulano de tal, se (me) convidar, eu boto o dinheiro na sua mão!”. Subornar pessoas com poder de decisão no governo é crime de corrupção ativa. Todo mundo sabe que isso ocorre a toda hora. Mas ouvir a confirmação da boca de um grande empresário do país, mesmo se for só bravata, é assustador.

domingo, 26 de junho de 2011

TODO APOIO À LUTA DOS PROFISSIONAIS ESTADUAIS DA EDUCAÇÃO!

Em todo o país profissionais da educação das redes públicas estaduais estão na luta em defesa de melhorias salariais, condições dignas de trabalho e contra a tentativa de privatização da educação pública. Em oito estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso, Ceará, Sergipe e Rio Grande do Norte), há greves envolvendo de 50% a 90% das categorias. Os governadores apostam no sucateamento da escola pública, na terceirização dos serviços de apoio e na mercantilização do ensino. Além disso, há o processo de “empresariamento” da educação, com fundações e institutos financiados por grandes empresas e bancos privados investindo na produção de cartilhas e influindo diretamente nos projetos pedagógicos das escolas, para que estas cada vez mais se especializem na formação de “mão de obra” barata a serviço do capital. O material didático também é produzido na lógica da ideologia burguesa, visando, acima de tudo, aprofundar a hegemonia capitalista, ao educar crianças, jovens e adultos na perspectiva da aceitação da ordem dominante, da acomodação e da ausência dos conflitos de classe.

Governo Sérgio Cabral e a Educação

No Estado do Rio, mais de 60% dos professores paralisaram suas atividades, realizam atos públicos e manifestações envolvendo os estudantes e as comunidades, para esclarecer a população acerca de suas reivindicações, tais como o reajuste salarial de 26%, a incorporação das gratificações e o fim dos programas baseados na meritocracia, que nada mais fazem do que incentivar a competição entre os trabalhadores, além de jogar sobre as costas do professor toda a culpa do descaso da classe dominante com a educação. O magistério público estadual do Rio está sendo reduzido drasticamente: cerca de quatro professores por dia pedem exoneração! Não é para menos: os salários são muito baixos, as condições de trabalho são péssimas, as salas de aula estão superlotadas. A rotatividade na carreira é enorme, docentes entram e saem a todo tempo. Os últimos concursos públicos não foram suficientes para atender ao contingente de docentes que abandonam a carreira. Para tentar tapar o buraco, o governo aposta na precarização do trabalho docente, institucionalizando as “horas extras” e os contratos temporários.

Ano após ano, o salário fica mais defasado, e o governo adota a política de gratificações e bônus, como um “cala boca”. Um professor recém-ingresso no magistério estadual recebe pouco mais do que R$ 600,00. Funcionários administrativos possuem vencimentos inferiores ao salário mínimo. Em 2009, o professorado estadual conseguiu barrar a tentativa de Sérgio Cabral de reduzir de 12% para 7% a diferença entre os níveis salariais previstos no Plano de Carreira de Professores. Naquela ocasião, enfrentando bombas, cassetetes e a cavalaria do Estado, os professores se mobilizaram e, com muita luta, conseguiram impedir a mudança. Afinal, o Plano de Carreira dos Professores, que volta e meia o governo ameaça modificar, para rebaixar ainda mais o valor do trabalho docente, representa uma dura conquista da categoria, após grande greve deflagrada em 1986. Hoje a ameaça recai sobre a progressão por tempo de serviço, que o governo pretende retirar, alegando que os professores sobem na carreira sem esforço, como se fossem “escadas rolantes”. Ainda pior é a situação dos animadores culturais, que não possuem Plano de Carreiras. Por sua vez, os funcionários administrativos encontram-se há anos com o seu plano congelado.

Quando tomou posse ao final do ano de 2010, o atual Secretário Estadual de Educação, Wilson Risolia, mais um burocrata sem experiência de sala de aula a ocupar o cargo, alardeou que “educação é negócio”. Coerente com a afirmação, a lógica da competição capitalista preside os principais programas educacionais e administrativos adotados, baseados nos princípios da meritocracia. O Plano Estadual de Educação (PEE), lançado no início deste ano, por meio de uma enorme propaganda orquestrada na mídia burguesa, apregoando a iniciativa como modernizadora e vantajosa para os professores, nada apresenta de novo. Trata-se de mais do mesmo, uma “Nova Escola” requentada, em que a promessa de aumento de salários e benefícios está relacionada ao suposto desempenho dos professores. Na avaliação de “desempenho” das unidades escolares está prevista a utilização, dentre outras aberrações, de índices que medem a retenção dos alunos nas séries, a quantidade de adolescentes grávidas e até o número de alunos com títulos eleitorais. Em outras palavras, os professores serão penalizados com menores gratificações por causa de problemas cujas razões são de ordem social e não pedagógica! É a lógica do Estado mínimo, que abre mão de sua responsabilidade para com as questões sociais e com a própria educação, jogando tudo nas costas dos professores, abandonando as escolas à sua própria sorte e, com isso, favorecendo o crescimento do ensino privado. Tais medidas visam ainda quebrar a solidariedade entre os trabalhadores, forçando-os a competir uns com os outros e a aceitar como “naturais” as precárias condições de trabalho e o sucateamento das escolas.

EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA!
TODA SOLIDARIEDADE À LUTA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO!
PELA UNIDADE DA CLASSE TRABALHADORA!
POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, UNIVERSAL E EMANCIPADORA!

(fonte da Unidade Classista/Intersindical)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Terras estão mais concentradas e improdutivas no Brasil

Atualmente no Brasil, 130 mil proprietários de terras concentram 318 milhões de hectares


 

Dados do cadastro de imóveis do Incra, levantados a partir da auto-declaração dos proprietários de terras, apontam que aumentou a concentração da terra e a improdutividade entre 2003 e 2010.

Atualmente, 130 mil proprietários de terras concentram 318 milhões de hectares. Em 2003, eram 112 mil proprietários com 215 milhões de hectares. Mais de 100 milhões de hectares passaram para o controle de latifundiários, que controlam em média mais de 2.400 hectares.

Os dados demonstram também que o registro de áreas improdutivas cresceu mais do que das áreas produtivas, o que aponta para a ampliação das áreas que descumprem a função social. O aumento do número de imóveis e de hectares são sinais de que mais proprietários entraram no cadastro no Incra.

Em 2003, eram 58 mil proprietário que controlavam 133 milhões de hectares improdutivos. Em 2010, são 69 mil proprietários com 228 milhões de hectares abaixo da produtividade média.

“Essas áreas podem ser desapropriadas e destinadas à Reforma Agrária”, afirma José Batista de Oliveira, da Coordenação Nacional do MST.

Os critérios para classificar a improdutividade dessas áreas estão na tabela vigente dos índices de produtividade, que tem como base o censo agropecuário de 1975.

O número de propriedades improdutivas aumentaria se fosse utilizado como parâmetro o censo agropecuário de 2006, que leva em consideração as novas técnicas de produção agrícola que possibilitam o aumento da produtividade.

“Há um amplo território em todas as regiões do país para a execução da reforma agrária com obtenção via desapropriação, sem ameaçar a ‘eficiência’ da grande exploração do agronegócio”, afirma Gerson Teixeira, ex-presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra) e integrante do núcleo agrário do PT.


 

Igor Felippe Santos
Página do MST

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O Rei Ficou Nu!

por MOVIMENTO NACIONAL DE LUTA PELA MORADIA -MNLM-RJ
Lurdinha - Cordenadora


Acidente que vitima nora de Cabral, desnuda o "Pacto Federativo" que vitima a população do Estado do Rio de Janeiro. Um 'Pacto" que reúne recursos e bens públicos das 3 esferas de poder para transferência a cartas marcadas do setor privado com retorno de favores, privilégios e financiamento de campanhas eleitorais não é Pacto, no Direito Penal isto tem outro nome.
Não faltariam Artigos e Códigos para enquadrar esta conduta, não fosse cometida pelos donos do poder da nossa hipócrita "Respública". Esta catástrofe expõe as vísceras putrefatas desta aliança político/eleitoral que se pauta pela acumulação de um grupo e reeleição de mandatários que o choro e ranger de dentes do povo sofrido desse estado, não conseguiu fazer ecoar, debalde todos os esforços. Os olhos que fingiram não ver, os ouvidos que fingiram não ouvir terão trabalho em continuar se omitindo, diante desta catástrofe que envergonha quem tem vergonha do começo ao fim.
É para beneficiar estas relações que a Lei de Licitação foi modificada. É para manter os rentáveis negócios com o Estado brasileiro que "Eike, o empreendedor" empresta jatinho. É para multiplicar seus contratos que a Delta garante banquetes para o Rei. É para participar do banquete que o doleiro burla a Aviação Civil e garante Risort. 
 Eles se banqueteiam na mesa do PAC, do MCMV, nos mega projetos com a Belo Monte, na exploração das nossas riquezas e brindam seu ápice com as obras da Copa e Olimpíada. Na outra ponta, estamos apenas nós outros, simples mortais... somos apenas a metade da população do Brasil, sujeitos de direito? Quando? Depois que a orgia acabar, depois que o trator passar, estaremos nos acotovelando entre iguais, nos abrigos improvisados, nas cracolândias, nos aluguéis sociais, mutuários da periferia, subjugados por milícias e UPPs, precarizados e escravizados na Construção Civil, amontoados nas masmorras do Sistema Prisional e muito provavelmente carregando na camisa/brinde o slogan:

“Um País Rico é um País sem Miséria”

Não poderemos mais no auge da exclusão étnico/social  clamar pelos Professores: Eles estão em Greve por condições de continuar existindo; Não teremos mais espaço de exigir Políticas Públicas: Elas já terão se transformado por completo em grandes negócios para os amigos do Rei; Na ausência de Direitos em tempos de catástrofes não haverá socorro dos feridos: Os Bombeiros e a Defesa Civil estarão presos e banidos, afinal como pode a Trupe admitir uma parcela de militares que não coadunam com a MORTE?

Cabral, Eduardo, Dilma x Eikes, Deltas, Odebrechs, OASs, Nacionais e Transnacionais = Parceria Público/Privada

AGORA FICOU CLARO, OS ÓRGÃOS DE CONTROLE PODERÃO NADA FAZER, MAS NÃO PODERÃO ALEGAR IGNORÂNCIA.
 PARA O MOVIMENTO SOCIAL, UMA NOVA BANDEIRA DE LUTA:
UPP NO PALÁCIO GUANABARA JÁ!!!!!!!

“É necessária a erradicação do capitalismo”

 

            Foi realizado no dia 20 de junho, na Uerj,  a última plenária  do ciclo de conferências  “Crise estrutural necessita de mudança estrutural” e o lançamento de dois livros Estrutura Social e Formas de Consciência do filósofo húngaro István Mészáros, que percorreu quatro cidades brasileiras São Paulo, Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro. O auditório 11 da Uerj foi completamente ocupado por uma grande multidão sobre tudo estudantes e também contou com a participação da juventude do MNLM que receberam Mészáros com muito entusiasmo.




Natureza da crise     

Mészáros começa sua fala deixando claro que nada do que ele está propondo pode ser visto como uma “utopia não realizável” e que, para transformarmos este tão-chamado impossível em realidade é primordial que a crise do capitalismo seja avaliada adequadamente. “Sem uma avaliação da crise econômica e social de nossos dias, que já não pode ser negada pelos defensores da ordem capitalista, ainda que eles rejeitem a necessidade de uma mudança maior, a probabilidade de sucesso a esse respeito é insignificante”, diz o filósofo.

        Para Mészáros, a crise que o mundo enfrenta é uma “crise estrutural profunda e cada vez mais grave, que necessita da adoção de remédios estruturais abrangentes, a fim de alcançar uma solução sustentável”. Apesar de comumente a crise ser apresentada como ‘atual’, Mészáros discorda que ela tenha se originado em 2007, com a explosão da bolha habitacional dos Estados Unidos. A crise teria começado há mais de quatro décadas e, em 1971, ele já escrevia no prefácio de “Teoria da Alienação em Marx” que as revoltas de maio de 68 e seus desdobramentos “salientavam dramaticamente a intensificação da crise estrutural global do capital”.

        Por ser uma crise estrutural, e não apenas conjuntural, esta crise não pode ser solucionada no foco que a gera sem que não haja uma mudança desta estrutura que a criou. Mészáros reforça a diferença entre as crises conjunturais e estruturais, diferenciando-as pela impossibilidade destas realimentarem o sistema, se remodelarem a partir de uma nova forma ainda nas bases do sistema capitalista. Isto, contudo, não significa que as crises conjunturais possam se apresentar até mesmo de forma mais violenta que as crises estruturais. “O caráter não-explosivo de uma crise estrutural prolongada, em contraste com as grandes tempestades, nas palavras de Marx, através das quais crises conjunturais periódicas podem elas mesmas se liberar e solucionar, pode conduzir a estratégias fundamentalmente mal concebidas, como resultado da interpretação errônea da ausência de tempestades, como se tal ausência fosse uma evidência impressionante da estabilidade indefinida do ‘capitalismo organizado’ e da ‘integração da classe trabalhadora’”, diz Mészáros.
 
         O que esta crise (que não é nova) teria como características que a definem como estrutural? Mészáros aponta quatro aspectos principais: o caráter universal (ou seja, não é reservada a um ramo da produção, ou estritamente financeira, por exemplo); o escopo verdadeiramente global (não envolve apenas um número limitado de países); escala de tempo extensa e contínua (“se preferir, permanente”, adiciona Mészáros, enfatizando que não se trata de mais uma crise cíclica do capital) e, por fim, modo de desdobramento gradual (“em contrates com as erupções e colapsos mais espetaculares e dramáticos do passado”, diz o filósofo). Assim é construído o cenário que qualificaria esta crise como estrutural, com a impossibilidade de solução das “tempestades” dentro da atual estrutura.

Capitalismo destrutivo

        Outro ponto levantado por Mészáros – e recebido com manifestações de apoio pela platéia – foi delinear os “limites absolutos” do capitalismo. Um desses limites passa pelo papel do trabalho na sociedade, que é visto como uma necessidade, tanto para os indivíduos que produzem quando para a sociedade como um todo. Uma situação onde o trabalho seja visto como um problema, ou pior, como uma falha, tem em si um limite a ser resolvido. O capitalismo, para Mészáros, “com seu desemprego perigosamente crescente” (ainda que a questão não seja meramente numérica), apresenta no trabalho um dos seus limites.

         Mészáros chama ainda a atenção para outros males dessa estrutura. A primeira questão apresentada pelo filósofo estaria no foco que o capital vem apontado, os “setores parasíticos da economia”. Para ilustrar o que seria isso, Mészáros aponta para o aventurismo especulativo que a economia tem vivenciado (e que, quando peca em seus resultados, é apontado como um fracasso individual, pertencente a um determinado grupo, quando, para o filósofo, deveria ter o sistema como grande culpado, visto que ele deveria responder por aquilo que produz para se oxigenar) e a uma “fraudulência institucionalizada”.

        As guerras e o seu complexo aparato industrial militar aparecem como um desperdício autoritário ao qual o capital submete a sociedade. Este ponto é analisado por Mészáros como uma “operação criminosamente destrutiva e devastadora de uma indústria de armas permanente, juntamente com as guerras necessariamente a elas associadas”. Esta produção sistemática de conflitos e estímulo a uma produção militar resultaria no outro limite destrutivo no capitalismo, apesar de não ser apenas resultado deste, que seria a destruição ecológica: “o dinamismo monopolista militarmente embasado teve até mesmo que assumir a forma de duas devastadoras guerras mundiais, bem como da aniquilação total da humanidade implícita em uma potencial terceira guerra mundial, além da perigosa destruição atual da natureza que se tornou evidente na segunda metade do século XX”.

Criar o futuro

        “Existe e deve existir esperança”, diz o filósofo. Apesar do retrato de destruição apresentado por Mészáros e vivenciado cotidianamente dentro da própria estrutura capitalista da sociedade, faz-se o esforço de pensar o futuro, não apenas como um desejo sonhador, mas sim como uma tarefa necessária para mudar o sistema.

         A solução para os problemas apontados pelo capital já foram apresentados em momentos históricos anteriores. Mészáros resgata as soluções apresentadas para o capitalismo. Relembrando o liberal John Stuart Mill, Mészáros aponta como inconcebível que o capitalismo chegue a “um estado estacionário da economia”, como defendia Mill, pois faz parte da lógica capitalista a incessante expansão do capital e da sua acumulação. Retomando o ponto do limite da ecologia, fica mais visível o caráter ilusório de um freio para o capital, visto que em 2012 será realizado o Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que pretende engajar as nações em um projeto sustentável de crescimento. As tentativas de criar projeções para as taxas de emissão de carbono, por exemplo, sempre presente nas pautas ecológicas, seriam, para Mészáros, a evidência da incompatibilidade entre o capital e o freio, ainda, entre o capital e o não-avanço destrutivo na natureza.

        Mészáros ainda aponta como soluções já tentadas na história: a saída social democrata, socialismo evolutivo, o Estado de Bem Estar Social e a promessa da fase mais elevada do socialismo. “O denominador comum de todas essas tentativas fracassadas – a despeito de suas diferenças principais – é que todas elas tentaram atingir seus objetivos dentro da base estrutural da ordem sociometabólica estabelecida”. Pensar a mudança sem erradicar o capital, portanto, seria deixar latente a possibilidade do capital voltar, ser “restaurado”. A mudança, para Mészáros, precisa ser estrutural e radical, como ele bem especificou para a plateia, extirpando o capital pela raiz.

        O rombo estadunidense na economia, com um débito alarmante de U$ 14 trilhões, é, para o filósofo, a marca de um desperdício. Ao ver a inquietude dos capitalistas com a China e seus “três trilhões [de dólares] em caixa”, o capitalismo já pensa um “melhor uso” para esse montante. “E qual é o melhor uso? Por de volta no buraco que fizeram nos Estados Unidos?”, questiona Mészáros. Como foi gerado e como se pode assegurar que um rombo desta proporção não se repita na história são perguntas entrelaçadas ao caráter estrutural da crise e, em conseqüência disto, da resposta necessariamente estrutural que ela requer. Crise esta que tropeça em suas intermináveis guerras, devastação da natureza e contínua produção destrutiva.

Fonte: http://www.diariodaclasse.com.br/forum/topic/show?id=3451330%3ATopic%3A33997&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vídeos: Impactos da Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016

"Nos dias 18-20 de maio de 2011, a Relatoria do Direito Humano à Cidade da Plataforma Dhesca Brasil organizou uma missão especial no Rio de Janeiro para investigar os impactos da Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 em comunidades que estão sofrendo processos de remoção e despejo. Estas são as Vozes da Missão."

Mais informações: www.dhescbrasil.org.br e blog.witness.org






domingo, 19 de junho de 2011

O Fórum de Saúde do Rio de Janeiro realizará um ato contra o sucateamento e a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS) no dia 22 de junho.

      O Fórum de Saúde do Rio de Janeiro que articula diversos movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos, centrais sindicais, usuários, trabalhadores da saúde e setores da comunidade acadêmica, realizará mais um ato contra o sucateamento e a privatização do SUS em curso em todo o país.

     

 A situação atual da rede pública carioca inclui a falta de investimento de recursos materiais, subfinanciamento, precarização de vínculo de trabalho e quantidade insuficiente de trabalhadores de saúde que afetam o conjunto do sistema público de saúde, nas diferentes esferas (federal, estadual e municipal).

      O Fórum de Saúde do Rio de Janeiro denuncia o descaso com os hospitais, tais como: o IASERJ, o Hospital da Piedade, e também a desativação parcial e ameaça de fechamento total de serviços de saúde como: Hospital Municipal Raphael de Paula Souza, em Curicica, PAM de Irajá e PAM Del Castilho. O difícil quadro dos serviços públicos de saúde é resultado de uma estratégia dos governos federal, estaduais e municipais para a entrega do setor saúde à iniciativa privada.

      Deste modo o ato do dia 22 de junho, visa denunciar a situação de abandono e a privatização da saúde pública, especialmente da rede municipal. Privatização expressa pela entrega da gestão das unidades de saúde às Organizações Sociais (OS), como ocorre no Programa de Saúde da Família (PSF), e tentativa de aplicar este modelo de gestão privada nas emergências dos seguintes hospitais municipais: Souza Aguiar, Salgado Filho, Miguel Couto e Lourenço Jorge.

     O Fórum de Saúde do Rio de Janeiro integra a Frente Nacional Contra Privatização da Saúde, um espaço de articulação nacional entre fóruns de saúde locais, movimentos sociais e sindicais e partidos políticos. Esse movimento defende a completa estatização do SUS, com assistência universal, gratuita, de qualidade, integral e equânime sob um efetivo controle social e concursos públicos.

     Dentre as frentes de intervenção está a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1923 contrária a Lei n.º 9637/98 que cria as Organizações Sociais (OS) movidas junto ao Supremo Tribunal Federal. Para fortalecer essa luta a Frente Contra a Privatização da Saúde fez circular um abaixo-assinado on-line pela procedência da ADI 1.923/98 (com cerca de 5.700 signatários) e uma Carta aos Ministros do STF com 317 assinaturas de entidades.

     O Fórum de Saúde do Rio de Janeiro convida a população e os trabalhadores da saúde a participar do ato em defesa da saúde pública 100% estatal, gratuita e de qualidade para todos, que será realizado no dia 22 de junho a partir das 10h, em frente à Prefeitura do Rio de Janeiro, na Rua Afonso Cavalcanti nº 455, Cidade Nova.
 
 O Fórum de Saúde do Rio de Janeiro convoca para o Ato em frente Prefeitura do Rio de Janeiro (Rua Afonso Cavalcanti, 455 - Cidade Nova), dia 22 de junho, a partir das 10 horas.
Contra a precarização da rede de saúde pública carioca.
Por saúde pública 100% estatal, gratuita e de qualidade para todos.

SOS saúde!
Pela unificação das lutas!
Saúde Não é Mercadoria!

Siderurgica ThyssenKrupp CSA





"RIO – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) voltou a denunciar a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), da Thyssenkrupp, por crimes ambientais. Agora, o gestor técnico da empresa, Luiz Cláudio Ferreira Castro, também responderá ao processo na 2ª Vara Criminal de Santa Cruz. A denúncia, baseada em trabalho da área de Tutela Coletiva do Meio Ambiente do MP, e já recebida pelo Juízo, afirma que mesmo já respondendo a outra ação penal por danos causados ao dar partida no Alto Forno 1, em junho de 2010, os réus não adotaram medidas de precaução ao acionar o Alto Forno 2, em dezembro. Eles também não comunicaram os órgãos ambientais competentes sobre os impactos ambientais gerados desde então, incorrendo em seis crimes previstos na Lei 9.605/1998 (Lei dos Crimes Ambientais)."

sexta-feira, 17 de junho de 2011

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE!

Nós, da Frente Nacional de Luta Contra a Privatização da Saúde, combatemos a transformação da saúde em mercadoria, pondo em cheque e questionamos os “novos modelos de gestão”- organização sociais (OSs). Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIOPs), Fundações Estaduais de Direito Privado e Empresas Brasileiras de Serviço Público Hospitalares S.A – que entregam o SUS, seus bens, serviços, trabalhadores e recursos hospitalares para o setor privado.

Como a Privatização ocorre?  

De muitas formas! Em uma delas o dinheiro público vai para as empresas privadas (OSs, OSCIPS, Fundações) através de convênios para que executem exames de laboratório e de imagem, forneçam transporte para os pacientes (ambulâncias), contratem temporariamente profissionais, o que piora as condições de trabalho, pois os profissionais perdem direito trabalhistas e ficam sobrecarregados.  

Para os usuários o prejuízo é na qualidade do atendimento. Pois as empresas particulares só querem lucrar e , para isso, não se importam até em oferecer um serviço de má qualidade.

A privatização não resolve o problema da saúde, ao contrario, vai piorar ainda mais! Pois, é uma porta de entrada para a corrupção e o mau uso de recursos públicos.

Hoje, a luta pela procedência da Direta de Inconstitucionalidade da Lei da Organizaçoes Sociais (ADI 1923/98) é um dos nossos desafios. A ADI já possui apoio de mais de 300 entidades e 5.800 assinaturas e você também precisa se incorporar nesta luta!

Os votos dos Ministros do STF, até aqui, consideram apenas parcial e inconstitucionalidade da Lei das OS,s, acreditamos ser necessário fazer mais articulações, mobilizações e marcar novas audiências, apresentando a nossa posição e demonstrando que esse modelo de gestão tem traduzindo mais prejuízos do que benefícios para a sociedade brasileira! Nossa luta é pela aprovação total da ADI 1923/98, ou seja, pela total inconstitucionalidade da Lei das OSs

Convocamos você para participar desta luta em defesa do SUS público, estatal, de qualidade e gratuito.


Assine o abaixo assinado em favor da ADI 1923/23 em:
http://www. abaixoassinado.org/abaixoassinados/6184

Frente Nacional contra a Privatização da Saúde adverte: A privatização faz mal à Saúde!  
Ato contra a Privatização da Saúde do Rio de Janeiro, 22 de junho - quarta feira às 10h, Local em frente a Prefeitura do Rio (Cidade Nova). Você não pode faltar!
Seminário Estadual do Fórum de Saúde do Rio de Janeiro, próximo dia 28 de junho (terça-feira) horário: de 14h às 22h, Local UERJ.

sexta-feira, 10 de junho de 2011


Com a luta digna dos bombeiros por aumento salarial, finalmente ficou explícita, na mídia, a postura facista do governo Sérgio Cabral. É muito bom perceber que as coisas estão ficando claras, que os lados estão bem definidos.





quarta-feira, 8 de junho de 2011

Da barbárie generalizada à irresponsabilidade social legalizada: o caso da Rua Domingos Lopes - Transcarioca.

"Nesta quarta-feira (8/06), oficiais de justiça vão à rua Domingos Lopes, em Campinho, executar uma ação de “imissão da posse”, movida pela Prefeitura do Rio de Janeiro, para retirar 7 famílias que moram há mais de 10 anos no local. Apesar de tratarem-se de imóveis em área formal da Cidade, as famílias são todas de baixa renda e buscavam, a duras penas, regularizar sua situação."

continue lendo em: http://pelamoradia.wordpress.com

Vi o Mudo: entrevista com o pai de um dos bombeiros presos, por Conceição Lemes

"Marcio H. Silva —  (...) Às 13h de domingo, escoltados pelo batalhão de choque da PM, eles foram transferidos para o quartel de Bombeiros de Jurujuba.

Viomundo – Como foi recepção no quartel dos Bombeiros de Jurujuba?
 
Marcio H. Silva — Foram recebidos com fogos e aplausos da população vizinha ao quartel. Os moradores colocaram panos vermelhos nas janelas. Eles soltaram dos ônibus de mãos dadas, entoando a frase “não daremos um passo atrás”. Apesar de tudo, a moral estava alta.  Após a entrada de todos os presos no quartel, eles se perfilaram  e cantaram o  hino nacional acompanhados pelos presentes. Muita emoção nessa hora. Os presos foram encaminhados para o refeitório e servida uma comida digna. Foi feita uma reunião com oficial e parentes."

Leia a entrevista completa de Conceição Leme no seguinte link: http://www.viomundo.com.br

terça-feira, 7 de junho de 2011

Profissionais da rede estadual de educação em greve.

Bandeira do SEPE no Ato dos Bombeiros, ALERJ.
"Em assembléia que reuniu mais de dois mil profissionais no Clube Municipal, os profissionais de educação das escolas estaduais decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A falta de disposição do governo estadual em negociar e atender as reivindicações dos professores e funcionários das escolas estaduais foi o principal motivo para a decisão da categoria entrar em greve. Outro fator que revoltou a categoria foi o tratamento repressivo dispensado pelo governo estadual contra a mobilização dos bombeiros que participaram das manifestações no Centro do Rio na sexta-feira, que resultou na invasão do Quartel General da corporação por tropas de elite e na prisão de mais de 400 manifestantes, além de ferimentos em familiares que participavam do ato."

continue lendo na página do SEPE: http://www.seperj.org.br

Fotos do Ato dos Bombeiros dia 06 de Junho.




As fotos do slide são do período das 12h às 18:30. Passei pela ALERJ às 22h e muitos permanecem acampados no local. A movimentação durante o dia todo foi intensa, a resistência continua, de forma pacífica e segundo os bombeiros não tem prazo para término enquanto as exigências não forem atendidas. O local vibrou a tarde toda aos gritos de guerra e discursos dos mais variados segmentos.

Para acompanhar informações dos próprios bombeiros: http://www.sosguardavidas.com

Segue nota do chamado para o ato em Copacabana nesse Domingo (12) 10h:


"Convidamos a todas as pessoas para um grande ato dos bombeiros do Rio, no próximo Domingo, na Praia de Copacabana, em frente ao Copacabana Palace.

A concentração em frente a ALERJ continua. Aquele espaço está ocupado permanentemente por todos os lutadores do Rio de Janeiro e pedimos para todos(as) passarem por lá. E podendo, levem barracas, camas, colchões e durmam lá também. Aos movimentos, levem barracas para uma grande presença política permanente nossa também naquele local, como disse os bombeiros, a ALERJ é o Quartel General das mobilizações e luta.

No Domingo queremos dar mais um passo para ganhar a mobilização da população visto que a opinião pública já é amplamente favorável aos nossos bombeiros. Infelizmente, o insandecido do Governador Sérgio Cabral ainda não recuou dos ataques e os 439 bombeiros continuam presos. É fundamental que todos saiam as ruas para lutar por cada um desses heróis.

Nenhum passo daremos atrás!!!!
Somos todos bombeiros!
Liberdade imediata de todos os presos políticos!
Atendimento das reivindicações já!"

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Inoperância do Estado acarreta epidemia de dengue



Mais uma vez, a dengue avança em todo o país e os números de casos e mortos se multiplicam a cada dia. Somente até o dia 26 de fevereiro, segundo levantamento do Ministério da Saúde, foram registrados 155.613 casos e 51 mortes em todo o Brasil. O número de mortes sob investigação chega a 112. A região Norte, a mais afetada, registrou 31,6% dos casos. As sérias falhas administrativas na orientação dos profissionais de saúde no combate à dengue , da midia e da população.

Um grande problema no combate à dengue no Brasil é a questão dos meios de comunicação, que já divulgaram inclusive matérias criminalizando a população pelos surtos de dengue. Nós, aqui, temos uma visão bem diferente da visão das autoridades sobre a dengue. E a grande realidade é que todos os grandes veículos de comunicação vão a reboque da opinião do governo. Todos seguem a linha do Diário Oficial, do Ministério da Saúde e das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde. Nossas opiniões são diferentes em todos os aspectos: no que tange ao combate ao mosquito, ao tratamento da doença e a essa questão da comunicação.