sábado, 22 de junho de 2013

Relato do grande ato "Não é por centavos, é por direitos!"



Concentração no Largo São Francisco de Paula / Foto Núcleo Comunicação MNLM

Quinta-feira às 15h os movimento sociais organizados e os partidos de esquerda se concentraram no Largo São Francisco Paula, em frente ao IFCS. Saímos em caminhada junto com a marcha em direção à prefeitura caminhando pela Avenida Presidente Vargas. Chegando próximo às imediações da prefeitura o batalhão de choque reprimiu a marcha com bombas de gás lacrimogênio e tiros de balas de borracha, fazendo com que ela recuasse. Os telefones celulares tiveram seus sinais cortados. As vias laterais da avenida foram fechadas pela tropa e os manifestantes foram sendo atacados. Os militantes do MNLM retornaram para a ocupação Manuel Congo, a tropa de choque se instalou na Rua Alcindo Guanabara. 

A repressão policial continuou na Praça da Cinelândia, fechando o cerco em frente a Câmara dos Vereadores. Uma parte dos manifestantes reagiu as agressões policiais e foram violentamente contidos, até mesmo com a utilização do caveirão. Fatos que foram presenciados por diversas pessoas (incluindo crianças) que estavam refugiados na Ocupação Manoel Congo. A truculência por parte da polícia foi tal, que os efeitos das bombas foram sentidos pelos moradores da ocupação, principalmente as crianças e idosos que passaram mal (asfixia e vômito) sendo necessário se concentrar na sala de assembleia, espaço que estava livre do gás. 

Bares e pessoas que voltavam do trabalho também foram afetadas pelas bombas de efeito moral, e desde então ficaram impedidas de voltarem para as suas casas devido ao cerco feito pela polícia no centro da cidade. O Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ) que abrigou manifestantes que fugiam da repressão policial teve a energia cortada e bombas de gás lançadas em seu interior. Na praça XV as pessoas foram impedidas de entrarem no terminal das barcas, pessoas que pularam a roleta chegaram a ser espancadas pelos seguranças. Após conseguirem a abertura, aguardavam a chegada da barca ao mesmo tempo em que a polícia lançava bombas na praça. A barca ao aproximar-se fez o retorno sem parar na terminal. Após revolta geral conseguiram o retorno do funcionamento. Ao chegarem em Niterói foram recebidos por cerca de 50 policias, e eram "orientados" a caminharem em silêncio com as mão para o alto. O Hospital Souza Aguiar que atendia os feridos também teve seu prédio tomado por gás das bombas lançadas nas suas imediações, chegando até o 7º andar, área da pediatria.

A ação policial se estendeu durante a madrugada com rondas de caminhonetes, vans e motos da Tropa de Choque. Em regiões como a Lapa e Laranjeiras grupos que se formavam nas ruas, alguns sendo moradores curiosos que desciam para conversar, também foram dispersos com uso de bombas.

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