sexta-feira, 8 de agosto de 2014

OCUPAÇÃO DA SEDE DO INSTITUTO DE PESQUISA JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO


O prédio Sede da Administração do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi ocupado na manhã de hoje (11h30min) por cerca de 40 moradores da comunidade do Horto. Os ocupantes exigem providências imediatas do Governo Federal para a permanência da comunidade que se encontra ameaçada de remoção.

A Comunidade do Horto, que possui hoje 621 famílias de baixa renda, teve sua origem em 1811 com a autorização da administração do Jardim Botânico para edificação de moradias de trabalhadores responsáveis pela manutenção do parque.
Os moradores propõe a retomada do Plano de Regularização Fundiária elaborado pela FAU/UFRJ através de convênio com a Secretaria do Patrimônio da União, que prevê a manutenção das moradias e a preservação ambiental, evitando os gastos públicos envolvidos no processo de remoção e mantendo a história de 200 anos da comunidade.
Segundo a AMAHOR, moradores que trabalham ou estudam no Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico têm sofrido perseguições por parte da atual direção, a qual recentemente iniciou a construção de um depósito de resíduos junto as moradias e tem como projeto a expansão de sua área de cultivo sobre a área da comunidade caso seja removida.
A área sob responsabilidade da União Federal fica localizada em região de alto valor imobiliário.
O ato de ocupação ocorre em paralelo ao primeiro dia do Encontro Nacional do Fórum de Reforma Urbana que acontece na capital carioca com o lema: "Cidades para as pessoas e não para os negócios privados - os desafios da reforma urbana no Brasil e o papel do FNRU".

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