O prédio Sede
da Administração do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi
ocupado na manhã de hoje (11h30min) por cerca de 40 moradores da comunidade do
Horto. Os ocupantes exigem providências imediatas do Governo Federal para a
permanência da comunidade que se encontra ameaçada de remoção.
A Comunidade
do Horto, que possui hoje 621 famílias de baixa renda, teve sua origem em 1811
com a autorização da administração do Jardim Botânico para edificação de
moradias de trabalhadores responsáveis pela manutenção do parque.
Os moradores
propõe a retomada do Plano de Regularização Fundiária elaborado pela FAU/UFRJ
através de convênio com a Secretaria do Patrimônio da União, que prevê a
manutenção das moradias e a preservação ambiental, evitando os gastos públicos
envolvidos no processo de remoção e mantendo a história de 200 anos da
comunidade.
Segundo a
AMAHOR, moradores que trabalham ou estudam no Instituto de Pesquisa do Jardim
Botânico têm sofrido perseguições por parte da atual direção, a qual
recentemente iniciou a construção de um depósito de resíduos junto as moradias
e tem como projeto a expansão de sua área de cultivo sobre a área da comunidade
caso seja removida.
A área sob responsabilidade
da União Federal fica localizada em região de alto valor imobiliário.
O ato de ocupação ocorre em paralelo ao primeiro dia do Encontro
Nacional do Fórum de Reforma Urbana que acontece na capital carioca com o lema:
"Cidades para as pessoas e não para os negócios privados - os desafios da
reforma urbana no Brasil e o papel do FNRU".
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